Entidades  profissionais e classistas que  representam a enfermagem no Rio repudiaram as  declarações do presidente  da Federação dos Hospitais Filantrópicos de  Pernambuco, Paulo Magnus,  ao site Saúde Business Web, veiculadas no dia 24 de  março. Entre outros  comentários, Magnus considerou  absurda a aprovação do projeto das 30  horas.
Íntegra da  nota:
"Esse projeto não pode ir para  votação. Se aprovado, essa  medida pode gerar uma conta de R$ 30 bilhões  a mais no ano para a saúde como um  todo. É algo estratosférico e  muitos dos deputados envolvidos não estão percebendo  que debaixo deste  guarda-chuva está entrando auxiliar e técnico de enfermagem,  que é o  maior contingente de pessoas dentro do hospital."
"Por baixo do pano tem um problema  que ninguém está  percebendo. O texto reduz a carga horária da  enfermagem como um todo e, ainda  por cima, prevê o máximo de seis horas  de trabalho por dia. Isso vai criar um  blecaute na saúde."
Segundo a repórter, o Presidente da  Federação dos Hospitais  Filantrópicos ressalta que neste caso tem que  ser reduzida a carga horária de  todos os operários do Brasil, já que,  ao contemplar técnicos e auxiliares de  Enfermagem, a lei acaba  beneficiando pessoal sem qualificação maior.
"Um técnico de enfermagem tem  treinamento absolutamente  mínimo e sem formação, e vai ter carga  reduzida para 30 horas, é absurdo."
Primeiramente, estratosférica é a  exploração que os  patronais dispensam à categoria dos Auxiliares e  Técnicos em Enfermagem na  relação de trabalho, ao determinar carga  horária máxima de quarenta e quatro  horas semanais e pagar um salário  mínimo. 
Absurda é sua declaração!  ATÉ OS  MAIORES DITADORES DA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS, SE OUVISSEM TAIS   AFIRMAÇÕES, FICARIAM ENVERGONHADOS.
ABSURDO não é conquistar a   regulamentação da jornada de trabalho das 30 horas semanais para a  enfermagem  brasileira!
O maior ABSURDO é a articulação  que  vem sendo feita por baixo dos panos, em todo país, pela aprovação do  Projeto  de Lei 25/2002, que trata do ato médico.
Esta articulação, sim, é  ABSURDA!
Ela tenta pôr por terra a  Lei 8080/90,  do Sistema Único de Saúde (SUS), que criou a equipe  multiprofissional,  substituindo a assistência médica pela assistência à saúde,  composta  por Enfermeiros, Psicólogos, Fisioterapeutas, Biólogos, Fonoaudiólogos,   Nutricionistas e Assistentes Sociais, entre outros. 
Hoje, os Auxiliares e  Técnicos em  Enfermagem somam cerca de 85% da equipe de enfermagem no Brasil na  rede  pública e privada, incluindo as filantrópicas, pois essas categorias   prestam assistência direta no leito à população. Estas declarações, além  de  infundadas, são degradantes, ofensivas e desrespeitosas à maior  classe  trabalhadora das instituições de saúde.
O SATEMRJ, em nome de  todos os seus  associados, manifesta profundo repúdio às declarações e lamenta  que  exista alguém que tente desqualificar profissionais que são  qualificados,  por meio de cursos regulamentados por lei e por órgãos  governamentais.
Lembramos que todos nós  estamos  sujeitos a estar no leito de um hospital e daremos graças a Deus por   ter um auxiliar ou técnico em enfermagem para nos dar assistência com  respeito,  dedicação e profissionalismo.
Roberto Pereira
Presidente do SATEMRJ
Presidente do SATEMRJ


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