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BREVE HISTÓRICO DA SAÚDE GRANJENSE

Segundo gestores da época, nos anos 80 o município de Granja não tinha constituída uma secretaria de saúde. Existia somente um Hospital da Fundação de Saúde do Estado do Ceará (FUSEC), um Centro de Saúde na área urbana e um posto de saúde na área rural, localizado no distrito de Parazinho, ambos pertencentes ao Estado. Todos os esforços estavam concentrados em fazer o hospital funcionar bem e as outras duas unidades de saúde funcionavam com muitas dificuldades.
O comando ficava distante e desconhecia as reais necessidades da população. Mas, aos poucos os próprios diretores do hospital sentiram a necessidade de investir na atenção básica. Esse despertar culmina com a contratação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e com a epidemia de cólera. Na época era a equipe do hospital quem articulava com a Secretaria de Saúde do Estado parte das ações de combate a epidemia.
Após este momento o Estado entrega a Direção do Centro de Saúde e do Posto de Saúde de Parazinho a equipe do Hospital. Em seguida, houve a junção da FUSEC pelo Estado e tudo ficou controlado pela Secretaria de Saúde do Estado(SESA). Ainda não existia a formalização da responsabilidade da saúde por parte do governo municipal e os profissionais e servidores do Estado eram praticamente os responsáveis pela organização e comando da saúde no município.
Na época houve revolta por conta dos servidores da Fundação que reclamavam da desorganização da SESA. Os hospitais ficaram subordinados diretamente ao Diretor das Unidades Assistenciais do Estado.
Somente em 1993 houve a estruturação da Secretaria de Saúde do município de Granja. A primeira ação foi criar o Centro Social Urbano (CSU) na sede, um Posto de Saúde em Santa Terezinha, um Posto de Saúde em Sambaíba e um Posto de Saúde em Adrianópolis para expandir as ações da atenção básicas aos distritos. Nesta mesma época foi realizado o primeiro Curso de Auxiliar de Enfermagem em parceria com a Secretaria de Saúde de outros municípios vizinhos.
Na gestão de 1993 – 1994 houve grande impulso das metas e de articulações participativas, como a implantação no município das ações preventivas de saúde bucal, uma parceria da Secretária de Saúde do Município com a Secretaria de Educação e escolas, trabalho integrado e com planejamento participativo. Realizou-se a primeira Conferência Municipal de Saúde do Município.
Em 1993 os trabalhos dos ACS passaram a ser acompanhados, monitorados e avaliados. Investiu-se na capacitação destes agentes, nas ações da saúde da mulher, crescimento e desenvolvimento da criança, saúde bucal, vigilância, programas tuberculose e hanseníase, epidemiologia e educação em saúde. Para operacionalização das ações a Secretaria se ressentia das seguintes dificuldades: equipe pequena e centralizada na sede, intervenções imediatas para amenizar os problemas identificados e pouco recurso para gerir a saúde municipal.
Ainda, contou-se com um trabalho participativo, integrando saúde, ação social e educação. A pasta da saúde criou uma equipe de mobilização que se reunia uma vez por mês ou quando necessário, para planejar e intervir nos problemas do município. Outros passos importantes: realização da primeira Conferência Municipal de Saúde, elaboração do Plano Municipal de Saúde e posse dos conselheiros de saúde.
De acordo com profissionais e gestores da década de 1990 houve um esforço conjunto para organizar a Secretaria de Saúde, os Postos de Saúde e o Hospital. E, finalmente prepara-se toda a documentação exigida para a municipalização da saúde. Em 1998 inaugura-se o prédio da Secretaria Municipal de Saúde até então funcionando anexo a uma unidade de saúde e três unidades já funcionavam como Estratégia de Saúde da Família. Enfim, iniciativas de gestão intersetorial e participativa de 1990 até os dias de hoje foram poucas, a Estratégia Saúde da Família teve sua primeira equipe constituída no Centro Social Urbano, a segunda no distrito de Parazinho e a terceira em Santa Terezinha.
A Constituição Federal, no seu artigo 196 assegura, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”. Dessa forma a importância dos determinantes sociais da saúde já vem sendo preocupação desde muito tempo como pode ser percebido no texto da Constituição de 1988 e o setor saúde tem papel importantíssimo no enfrentamento das desigualdades sociais.
Por Silvana Fontenele

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