DIA 25 DE MARÇO: O GRANDE INÍCIO DA NOSSA LUTA - pela aprovação do Projeto de Lei 2295/2000, que regulamenta a Jornada dos Profissionais de Enfermagem.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)- órgão da ONU- argumenta que a jornada de 30 horas é melhor para pacientes, usuários e trabalhadores em saúde.
"De fato, nada justifica uma jornada acima de 30 horas, a não ser a exploração do trabalho, em especial num campo em que a saúde virou mercadoria.
O trabalhador necessita de tempo para construir-se como ser humano emancipado, precisa de tempo para refletir sobre a qualidade e sobre os sentidos da vida e investir em áreas que a própria falta de tempo sequer permite que ele conheça.
Além do que, a limitação da jornada, potencialmente, abriria campo de trabalho para mais profissionais.
Nenhuma bandeira de humanização no trabalho pode pretender avançar senão pela redução da jornada e melhoria dos salários."( Enfº Dr. Paulo de O. Perna)
Matéria do Jornal " O DIA" no RJ dia 15.05.09 Matéria publicada no dia 15/05 - Jornal O DIA.
Pedro de Jesus: Uma questão de saúde
*Presidente do Sindicato dos Enfermeiros
Os enfermeiros vão armar tendas de atendimento à população na Cinelândia, em 21 de maio, quando realizam a Feira de Saúde, em comemoração à 70ª Semana Brasileira de Enfermagem. Vão medir a pressão e a taxa de glicose dos cariocas, vacinar contra a gripe e o tétano, fazer campanha de doação de sangue e dar informações sobre pandemia de gripe suína.
A categoria pretende ainda mostrar o quanto padece de muitas enfermidades por falta de condições de trabalho. É alto o índice de profissionais com tuberculose, problemas de coluna, hipertensão e lesões por esforço repetitivo. O descaso é tanto que eles nem sequer descansam nos plantões.
Para os médicos, há dormitórios. Já os enfermeiros improvisam leitos em tampas de privadas e caixas de insumos hospitalares, por falta de planejamento de descanso nos plantões.
Há 1,3 milhão de enfermeiros, técnicos e auxiliares no Brasil. É a segunda maior força de trabalho do País, mas um projeto de lei que institui a jornada de 30 horas semanais de trabalho está esquecido nas gavetas do Congresso Nacional há anos.
Relegados a segundo plano por uma cultura que só dá importância aos médicos, os enfermeiros nem sequer têm piso salarial nacional. A maioria das clínicas e hospitais particulares contrata profissionais por cooperativas, que não garantem direitos trabalhistas, atrasam salários ou nem pagam.
Com as tendas e o protesto pacífico nas vias públicas, os enfermeiros querem simplesmente dizer aos moradores do Rio de Janeiro que cuidar de uma categoria que fica o tempo inteiro ao seu lado nos hospitais também é uma questão de saúde.
ASSINE JÁ: http://www.enfermagem30horas.org/
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)- órgão da ONU- argumenta que a jornada de 30 horas é melhor para pacientes, usuários e trabalhadores em saúde.
"De fato, nada justifica uma jornada acima de 30 horas, a não ser a exploração do trabalho, em especial num campo em que a saúde virou mercadoria.
O trabalhador necessita de tempo para construir-se como ser humano emancipado, precisa de tempo para refletir sobre a qualidade e sobre os sentidos da vida e investir em áreas que a própria falta de tempo sequer permite que ele conheça.
Além do que, a limitação da jornada, potencialmente, abriria campo de trabalho para mais profissionais.
Nenhuma bandeira de humanização no trabalho pode pretender avançar senão pela redução da jornada e melhoria dos salários."( Enfº Dr. Paulo de O. Perna)
Matéria do Jornal " O DIA" no RJ dia 15.05.09 Matéria publicada no dia 15/05 - Jornal O DIA.
Pedro de Jesus: Uma questão de saúde
*Presidente do Sindicato dos Enfermeiros
Os enfermeiros vão armar tendas de atendimento à população na Cinelândia, em 21 de maio, quando realizam a Feira de Saúde, em comemoração à 70ª Semana Brasileira de Enfermagem. Vão medir a pressão e a taxa de glicose dos cariocas, vacinar contra a gripe e o tétano, fazer campanha de doação de sangue e dar informações sobre pandemia de gripe suína.
A categoria pretende ainda mostrar o quanto padece de muitas enfermidades por falta de condições de trabalho. É alto o índice de profissionais com tuberculose, problemas de coluna, hipertensão e lesões por esforço repetitivo. O descaso é tanto que eles nem sequer descansam nos plantões.
Para os médicos, há dormitórios. Já os enfermeiros improvisam leitos em tampas de privadas e caixas de insumos hospitalares, por falta de planejamento de descanso nos plantões.
Há 1,3 milhão de enfermeiros, técnicos e auxiliares no Brasil. É a segunda maior força de trabalho do País, mas um projeto de lei que institui a jornada de 30 horas semanais de trabalho está esquecido nas gavetas do Congresso Nacional há anos.
Relegados a segundo plano por uma cultura que só dá importância aos médicos, os enfermeiros nem sequer têm piso salarial nacional. A maioria das clínicas e hospitais particulares contrata profissionais por cooperativas, que não garantem direitos trabalhistas, atrasam salários ou nem pagam.
Com as tendas e o protesto pacífico nas vias públicas, os enfermeiros querem simplesmente dizer aos moradores do Rio de Janeiro que cuidar de uma categoria que fica o tempo inteiro ao seu lado nos hospitais também é uma questão de saúde.
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